segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Férias no Brasil e outras novidades...

Chegamos do Brasil, já vai fazer 3 semanas, e só agora estou tendo tempo e disposição para vir escrever aqui.

As férias foram fantásticas. Tirando alguns contratempos, que sempre acontecem, não é mesmo....

Antes mesmo de começar a nossa viagem, começaram os contratempos. O aquecedor do nosso apartamento quebrou 1 dia antes da nossa viagem. Eu sai de casa para o trabalho ao meio dia e estava tudo Ok, quando chegamos em casa a noite, um frio imenso. Aquecedor quebrado. Resultado, dormimos de luvas, meias, moletons, edredom e cobertor. Liguei para o dono do apartamento, falei do problema e falei que estávamos viajando no dia seguinte, pedi pra ele entrar em contato com a empresa e consertar. Quando voltamos de viagem, a casa já estava quentinha novamente.

Na manhã seguinte decidimos que iríamos ao aeroporto logo cedo, fazer o check in, depois voltaríamos para casa e pegaríamos um taxi para voltarmos para o aeroporto. Não queríamos ir de uma vez, por conta da quantidade de bagagem, para acomodar no taxi. Mas não foi uma boa idéia. Liguei para o taxi e pedi que ele chegasse às 11:00 am, eles dizem que vão chegar o mais próximo disso possível, freqüentemente atrasam até 1hora, ou às vezes chegam 30 - 40 minutos antes do combinado. Fomos para o aeroporto. Quando chegamos lá Renato percebeu que os passaportes ficaram em casa. Então ele disse, eu vou voltar enquanto isso você vai embalando as malas com o plástico de proteção. Detalhe, o homem que faz esse serviço no aeroporto de Calgary, só chega as 10 da manhã. Renato voltou e o homem tinha apenas começado a embalar a primeira das 4 malas. Enfim o homem terminou, e fomos para a fila do check in, quando saímos do aeroporto já era quase 11 horas. Hora do taxi chegar. Quando o taxi chega ele liga pra dizer que chegou. Mas outro problema, quando eu liguei para pedir o taxi, liguei do telefone fixo, então o taxi iria ligar para o telefone lá de casa, e Renato ao sair, desligou os telefones, tirou tudo da parede. Não tínhamos como saber se o taxi já tinha ido e voltado (aqui não existe porteiros). Tentei ligar para a empresa de taxi que me deixou pelo menos 10 minutos naquela musiquinha de espera irritante. Quando enfim eu falei com a atendente ela me disse que o taxi já estava a nossa espera há mais de 5 minutos, e que ele já tinha pedido permissão a central para ir embora. Então ela disse que iria passar um rádio pedindo para ele esperar e pediu que a gente descesse imediatamente. Enfim, depois de toda essa confusão chegamos no aeroporto e conseguimos embarcar sem problemas.

A viagem para Toronto foi bem tranqüila. O diretor da empresa de Renato, ao saber que eu estava grávida, deu dois cupons de upgrade de passagem para a primeira classe, e dois cupons para esperarmos na sala VIP da Air Canada em Toronto. Infelizmente os cupons de upgrade da passagem não deram certo, mas os da sala VIP deram sim. Em Toronto nós ficamos lá. A sala é fantástica. Tem vários ambientes. Um buffet com saladas, frios, sopas, e pratos quentes. Bebidas de todos os tipos a vontade. Business room, com computadores a vontade, e outras mesas sem computadores para você colocar o seu laptop. Também tem impressoras a vontade. Tem outra sala de leitura, com várias revistas, e um montão de cadeiras do papai espalhadas pela sala. Ficamos algumas horas em Toronto e nem notamos. Embarcamos na hora certa... mas o avião demorou 2 horas para receber autorização para voar, devido a uma tempestade de neve. Começou ai o grande contratempo da nossa viagem.

Como saímos com 2 horas de atraso de Toronto, chegamos em SP com duas horas de atraso. Apenas 45 minutos antes do nosso vôo para Recife. Mas tivemos que pegar mala, passar na polícia federal, mostrar passaporte, passar pela polícia alfandegária. Não preciso dizer que quando chegamos no balcão na TAM, o vôo para Recife já tinha partido.

Nós tínhamos comprado o trecho Calgary - SP separado do trecho SP - Recife. Nem por isso pagamos mais barato. É que quando fomos comprar as passagem, ainda não estava disponível o trecho Calgary - Recife. O site só dava a opção de comprarmos Calgary - SP. Nós queríamos comprar logo, para garantir que iríamos para o Brasil. Compramos, e só mais tarde compramos o trecho SP - Recife.

Bom... o fato é, perdemos o voo e a companhia não tinha responsabilidade nenhuma já que o trecho foi comprado separadamente. Pedi que nos encaixássemos no próximo voo para Recife, o homem falou que só tinha vaga para Recife para depois do ano novo, isso foi dia 17 de dezembro. Então ele nos mandou para uma outra sala, pois teríamos que entrar na lista de espera. A moça que nos atendeu na sala da lista de espera disse que éramos os números 30 e 31 da lista. Nos deu os horários dos voos daquele dia, e disse que independente que quantas pessoas entrassem, nós tínhamos que nos apresentar no balcão 30 minutos antes da cada voo, se não, o nosso nome sairia da lista. Perguntei quantas pessoas entravam por voo, ela disse, em geral, no maximo 2. No proximo voo nao vai entrar ninguém, ela falou. Ainda falei que eu estava gestante, se não teríamos preferência por conta disso, e ela disse que não. Isso foi na quarta-feira.

Renato começou a ficar desesperado pois a defesa do mestrado dele estava marcado para a sexta feira às 8 da manhã. Pela lista de espera, dificilmente conseguiríamos voar antes disso. Caso ele não defendesse na sexta feira, ele só poderia defender em fevereiro, pois a universidade entraria em férias. Ele pensou até em alugar um carro e irmos de carro de SP para Recife, imaginem a loucura. Foi quando eu liguei para o meu pai e disse que eles não fossem para o aeroporto, pois nós não chegaríamos no vôo previsto. Então meu pai disse que tentássemos ir para Brasília (a família dele toda mora lá) , disse que lá pelo menos nós ficaríamos em casa (casa da minha tia), e que seria mais fácil conseguir um vôo para Recife de Brasília do que de SP (não sei baseado em que ele falou isso, mas resolvemos tentar e deu certo). É claro também que gerou uma preocupação em relação a minha gestação. Eu ainda estava no primeiro trimestre, que querendo ou não, requer certos cuidados. E stress, falta de repouso, e o ato de carregar malas para cima e para baixo, são certas coisas que devem ser evitadas por uma gestante. Voltei no balcão da TAM e pedi que trocasse a passagem da gente de Recife para Brasilia. O homem achou estranho e perguntou se era isso mesmo que eu queria, eu disse que sim. As 10:30 da noite nos chegamos em Brasilia. Meu avô, duas tias e um tio estavam no aeroporto nos esperando. Assim que pegamos as malas, o meu tio disse, o seu pai ligou, disse que o seu primo Bruno, localizou uma passagem para Recife pela GOL, comprando em dois trecho separado Brasilia - Salvador - Salvador - Recife. Ficamos meio desconfiados de comprar trechos separados novamente, pois no avião comentamos justamente isso, nunca mais compraremos em trechos separados. Mas ... foi a solução.

Assim que chegamos em casa, tentamos acessar o site da GOL para comprarmos a passagem que o meu primo tinha localizado. O interessante é, se colocassemos 2 passageiros, não tinha lugar. Tinha que ser 1 só. Eu disse, compra e você vai, depois a gente vê como eu vou. Tentamos muitas vezes e o site só dava erro. Quando enfim conseguimos o site deu uma mensagem dizendo que a compra não foi autorizada pois o cartão de crédito não era emitido no Brasil, então, como eu tenho o número do cartão do meu pai, falei pra Renato comprar no cartão do meu pai. No início ele não queria. Queria que eu ligasse para o meu pai antes, mas isso já era mais de 1hora da manhã. Eu disse, compra e mais tarde eu falo com ele. Perto das 2 da manhã, nós conseguimos fazer a compra. Ele viajaria para Salvador as 9:30 da manhã. Passaria 2 horas em Salvador e pegaria o vôo para Recife.

Depois tentamos passagem para mim. Tentamos para aquele dia (quinta feira) e nada, tentamos para a sexta e nada, tentamos para o sábado e nada, tentamos para o domingo e só apareceu um vôo disponível, compramos. Eu sairia de BSB domingo a noite, e chegaria em Recife na madrugada de domingo para segunda (dessa vez, foi vôo direto).

Por coincidência, naquele dia, por volta das 10 da manha também, meus pais, meus avós e alguns dos meus tios por parte da minha mãe estavam chegando em Brasília, estavam indo para o casamento do meu primo que mora em Goiânia, no dia seguinte. Quando meus pais chegaram em BSB, eles ainda não sabiam que nós tínhamos conseguido passagem para Recife.

Eu fui com o meu avô levar Renato no aeroporto e ao mesmo tempo buscar meus pais. Renato já tinha embarcado fazia um tempo, quando ele viu pela parede de vidro da sala de embarque, o meu pai saido do avião. Não deu tempo dele falar com meu pai, mas ele se aproximou do vidro e falou com a minha mãe que vinha mais atrás com os meus avós. Foi ali que minha mãe ficou sabendo que nós tínhamos conseguido passagem para Recife, Renato para aquele mesmo dia, e eu para o domingo.

Foi em BSB que eu reencontrei os meus pais, alguns dos meus tios e os meus avós. Eu nem estava programando ir para o casamento do meu primo, mas acabei indo. No domingo, a maior coincidência, lembram que eu falei que só tinha 1 vôo disponível para Recife e nós compramos a minha passagem, pois então, foi o mesmo vôo que os meus pais voltariam para Recife.

Renato chegou em Salvador com 1 hora de atraso, quando ele chegou no balcão da GOL, já estavam chamando os passageiros para Recife. Ufa, foi por pouco ele pensou. Na quinta feira a tarde ele chegou em Recife, depois de uma loooooooonga viagem. Ele foi direto para a UFPE, se encontrar com a orientadora dele. No dia seguinte às 8 ele estava na universidade, defendeu a dissertação e hoje ele é mestre! Foi suado, mas deu tudo certo!

Eu fui para Goiânia com meus pais, vi meus primos que moram lá, que nunca pensei que iria vê-los nessas férias. Também nunca pensei que veria minha família de Brasilia nessas férias. Até que os contratempos nos deram alguns benefícios. No domingo voltei para casa com meus pais e na segunda feira começaram as nossas férias sem contratempos.

Passamos vários dias na casa de praia, aproveitando o mar, o calorão do Brasil. Quando a viagem foi chegando ao fim, nós já estávamos com saudades da nossa casinha, da nossa caminha, e de algumas coisas do Canadá. Ficamos felizes por isso. Em nenhum momento ficamos tentados a não voltar para o Canadá. Todo o tempo sentimos que o Brasil é maravilhoso, para passar férias. Mas que pelo menos por enquanto, o nosso lugar é aqui.

Comemos muuuuuito. Eu engordei 5kg em 1 mês. Ainda bem que tenho a desculpa de estar grávida. No Brasil ainda tiveram vários dias que eu tive enjôos, mas agora já está bem melhor.

Assim que chegamos em Recife eu fiz o exame de sexagem fetal, e foi assim que soubemos que é a Alicia que está chegando por ai. As duas famílias não cabiam em si de tanta felicidade, já que ninguém escondeu a preferência por uma menininha. Minha mãe disse que meu pai chorou mais ao saber que teria uma netinha, do que quando soube que seria avô. Meu pai dizia "Eu não revelo a minha preferência por menina." Minha mãe: "A gente pode até ter preferência, mas a criança vai ser amada de qualquer maneira." E nós sabíamos da preferência dela por uma menina. Minha irmã: "Eu quero que seja uma menina mesmo, mas acho que vai ser um menino." Minha sogra: "Dessa vez tem que ser uma menina, pois meninos já tem Matheus e Gabriel" (sobrinhos de Renato). Renato sempre disse que tinha preferênica por menina, depois que eu fiquei grávida, ele dizia não ter preferência, mas é claro que eu já sabia. Até meus dois avôs, um deles, o de Brasília, dizia que preferia uma menininha, e o outro dizia: "O vô é doido pelas meninas". Bom, atendendo o desejo de todos, Alicia está a caminho.

A despedida no aeroporto não foi fácil, mas também não chegou nem perto de como foi a primeira vez. A primeira vez foi muito pior, nem se compara. A viagem de volta foi bem tranqüila, todos os vôos saíram e chegaram na hora certa, todas as malas chegaram direitinho. Não tivemos problema com excesso de bagagem, foi tudo bem tranqüilo.

Junto conosco vieram um casal de amigos, que também são imigrantes. João e Gigi. Eles ficaram aqui em casa por quase duas semanas, mas já alugaram um cantinho pra eles e agora estão na luta por emprego. Se Deus quiser em breve ambos estão empregados.

A nossa casa está sendo construída e a previsão é que fique pronta no fim de abril. Espero que de tudo certo.

Alicia está crescendo, está com 18 semanas, já sinto ela mexer. Mas ainda é muito leve, e não sinto todos os dias. Mas é normal. A data prevista do parto é 10 de julho, mas eu converso com ela, peço para ela nascer ou dia 1 (Canada Day), ou dia 6 (nosso aniversário de imigração, afinal ela foi o principal motivador de termos migrado pra cá. Esse ano completaremos 2 anos de Canadá), ou dia 7 (para termos comemorações, dias 6, 7 e 8 de julho), ou dia 8 (nosso aniversário de casamento, esse ano completaremos 3 anos de casados). Vamos ver se ela é uma menina obediente, ela tem dia 1, 6, 7 e 8 de julho para escolher para nascer!

Eu ainda estou trabalhando, e devo trabalhar até o dia 12 de junho. Depois disso tirarei 4 semanas de férias, e a licença maternidade deve começar no dia 13 de julho. Pretendo tirar a licença inteira, 1 ano.

No fim de junho, meus pais, minha irmã, e as irmãs de Renato, uma delas com o filho, devem chegar e estar aqui no nascimento de Alicia. Os pais de Renato devem vir em setembro.

É isso que tenho de novidades.... aqui estão algumas fotos das nossas maravilhosas férias!









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